Quando chegou ao Setor de Fisioterapia do Núcleo de Prevenção e Apoio ao Paciente com Câncer e Familiares (Nuprapac), a dona de casa Maria da Penha Ribeiro Machado sentia muitas dores pelo corpo e não conseguia andar. Com o tempo, as dores cessaram, e hoje ela consegue realizar os movimentos sem dificuldades. A mudança aconteceu graças às sessões de fisioterapia que faz com regularidade no núcleo.
— Eu tenho fibromialgia, e o tratamento contra o câncer piorou muito as dores. Com a fisioterapia, eu ganhei mais qualidade de vida e conforto — explicou Maria.
A fisioterapia é uma das especialidades do Nuprapac, que conta com uma equipe multiprofissional formada por oncologista, urologista, enfermeira oncológica, psicóloga, assistente social, nutricionista e Programa de Cessação do Tabagismo.
Fisioterapeuta do núcleo, Analu Mol conta que todo tratamento é feito de forma interdisciplinar entre esses profissionais. A especialista conta que, no caso da fisioterapia, ela atua na melhora da qualidade de vida do paciente, reduzindo casos de incontinência urinária, dores e dificuldade para realização de movimentos, entre outros benefícios. Analu é pós-graduada em Fisioterapia em Oncologia, especialista em Fisioterapia em Oncologia pela Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia (ABFO) e membro do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito).
— Nós conseguimos prevenir complicações fazendo essa abordagem desde o diagnóstico da doença. Quando o paciente começa a fazer o tratamento com quimioterapia, radioterapia e cirurgia, vai passar por todo esse processo em acompanhamento. Hoje, sabemos que o paciente oncológico precisa estar em movimento, se exercitar. Então, começamos a “educá-lo” em relação a essa questão. E ele passa pelo tratamento com menos dor, mais força muscular e mantendo a independência, que é o nosso objetivo. E, no pós-tratamento, caso evolua com alguma disfunção, focamos na reabilitação. Por isso, falamos tanto sobre a importância do tratamento integrado com a nossa equipe multiprofissional. É essencial para que esse paciente evolua e conquiste mais independência e conforto — comenta Analu.
Bem-estar foi o que Alzira Barros dos Santos ganhou com as sessões de fisioterapia. “Tive um câncer de mama e, após a cirurgia, eu não conseguia levantar o braço. Arrumar o lenço no cabelo, vestir uma roupa ou simplesmente varrer uma casa eram atividades que não conseguia executar. Agora, faço tudo isso sozinha”, disse Alzira.
