Com o tema “Inteligência Emocional”, a Secretaria Municipal de Saúde realizou uma capacitação para os guardas municipais de São Francisco de Itabapoana (SFI) nesta quarta-feira (2). O evento aconteceu na Câmara de Vereadores, com palestras ministradas pelo coordenador geral de Saúde Mental do município, Renato Chagas, e pela comandante da Ronda Maria da Penha, Roberta Panisset. O secretário municipal de Saúde, Fauazi Cherene, também participou do evento.

A capacitação foi aberta pelo coordenador da Atenção Básica, Claudiomar de Souza Alves, que falou sobre as sequelas emocionais deixadas pela pandemia da Covid-19, em 2020. Ele abordou ainda o sofrimento mental e a pressão sofrida pelas pessoas no mundo atual. “Atualmente, estamos todos cada dia mais imediatistas e reativos. Por isso, é necessário que tenhamos calma e um emocional muito bem resolvido para lidarmos com tudo isso”, disse o coordenador.

Primeira palestrante, Roberta Panisset explicou como funciona a Ronda Maria da Penha e como os policiais que atuam nela precisam ter controle emocional para lidar com as situações adversas do cotidiano. “É essencial ter autocontrole e saber acolher a vítima. Eventos como esses são muito importantes porque temos sempre que nos atualizar para atender as mulheres da forma mais tranquila e carinhosa”, disse Roberta.

Coordenador geral de Saúde Mental e psicólogo clínico do município, Renato Chagas falou sobre “Inteligência Emocional e Atuação da Guarda Municipal”, abordando aspectos do cotidiano de trabalho dos guardas. “Trabalhamos a questão da inteligência emocional no trânsito, na atuação deles como guardas, a importância do autocuidado e de se preservarem mentalmente, ou seja, como agir de uma forma que não afete tanto a saúde mental e física. Trabalhei ainda as habilidades sociais, com relação à questão da comunicação, enfatizando a comunicação assertiva também, que isso, de certa forma, contribui para que não haja discussões, atritos no trânsito”, contou Renato.
A comandante Geral da Guarda Civil Municipal (GCM), Déborah Pereira Mata, acredita que o tema seja muito importante, pois os agentes lidam diariamente com públicos diferentes durante o expediente. “A gente vivencia muita coisa. Passamos por experiências difíceis com a segurança pública, pois muitos trabalham em hospitais, por exemplo, e vivenciam muitas histórias tristes. Esse tema é muito pertinente e deveria ser trabalhado para todos os profissionais”, acredita a comandante.
